quarta-feira, 28 de março de 2012

Google Street View atualiza imagens de Itaboraí



São Paulo — As imagens do Brasil no Google Street View vão se multiplicar rapidamente. Até bem pouco tempo, apenas imagens de cidades do Sudeste e do Sul do país estavam disponíveis na internet. Agora, pelo menos mais 12 estados estão na lista. Equipes de gravações trabalham em Alagoas, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Tocantins para ampliar a coleta de imagens. Pará, Goiás, Pernambuco, Bahia, Piauí e Sergipe já tiveram cidades gravadas, além de Brasília.

A lista atual inclui os municípios de Barra do Garças e o próspero Sinop, em Mato Grosso; Balsas e Codó, no Maranhão; Quirinópolis, em Goiás; e Macaíba e Parnamirim, no Rio Grande do Norte. No Rio de Janeiro, mais imagens estão sendo captadas em Itaboraí e São Gonçalo. No Tocantins, o alvo é Gurupi, município fincado entre os rios Araguaia e Tocantins.

As equipes do Google começaram a percorrer o restante do país em agosto passado. A primeira parada foi a comunidade de Tumbira, no Amazonas. Ali, no lugar do método tradicional — um veículo com câmeras instaladas no teto —, os equipamentos foram adaptados a um triciclo, instalado sobre um barco.

O barco percorreu 56 quilômetros pelo Rio Negro, partindo de Manaus, alcançando cinco comunidades ribeirinhas. Em uma parceria com a instituição público-privada Fundação Amazonas Sustentável, pessoas das comunidades foram treinadas para gravar imagens em trilhas dentro da mata. Em terra, o triciclo também foi usado. As imagens da Amazônia foram reveladas ao mundo na semana passada, em comemoração ao Dia Internacional da Floresta.

— Com a tecnologia, o mundo fica menor — diz Emmanuel Evita, um americano de 37 anos que trabalha há três no Brasil como relações públicas do Google.

Para ele, a possibilidade de parecer estar em qualquer lugar do mundo pela internet é o grande diferencial das novas gerações. Em média, as gravações duram três meses em cada município. Emmanuel afirma que os brasileiros gostam de estar on-line, e o Google está bastante comprometido com o desenvolvimento do mercado aqui. Para o executivo, poder ver imagens da Amazônia é uma experiência rica para qualquer pessoa, de qualquer lugar:

— Para os jovens, que estão se formando agora, é um momento forte, de muitas oportunidades, e a tecnologia pode fazer muito por eles. A Amazônia é algo de muito charmoso, de muito valor. É algo para respeitar e apreciar.

Nas áreas onde não há endereços formais, as equipes utilizam apenas GPS e contam com o apoio das comunidades, como em Tumbira. Emmanuel lembra que, mesmo em Manaus, muita gente não tem ideia de como vivem os ribeirinhos do Rio Negro, apesar de a distância ser de apenas duas horas de barco.

As imagens de Tumbira foram gravadas por triciclo, fixado sobre um barco. As câmeras permitem fotos de 360 graus. São nove microcâmeras em ação nas filmagens. Doze imagens, costuradas, formam uma panorâmica de cada local.

— A ideia é que, quando o usuário olhe a imagem, tenha a impressão de que está ali — explica o relações públicas, que participou de parte das gravações.

A cada 12 meses, as imagens são atualizadas. Rostos de pessoas são apagados, assim como placas de carros, por exemplo.

— Pretendemos cobrir o Brasil todo. E vamos fazendo à medida que pudermos chegar a elas. Ao mesmo tempo, vamos ganhando expertise de como fazer esse trabalho. As cidades não devem ser vistas por conveniência ou turismo, mas como uma forma de conhecimento. Quanto mais cidades, melhor — diz o executivo.


D24am

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