sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pacientes de municípios vizinhos sobrecarregam o hospital de Itaboraí

A crescente demanda na saúde pública municipal tem causado sobrecarga no atendimento do Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior (HMDLJ), construído há 20 anos para prestar atendimento de urgência e emergência.
A unidade de saúde atende diariamente uma média de 600 pessoas vindas de Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Magé, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim, Tanguá, entre outras cidades. Esses pacientes realizam todos os procedimentos necessários como exames e cirurgias de baixa e média complexidade. Apesar de fazer parte da rede do SUS e ter que universalizar o atendimento, o HMDLJ acaba por enfrentar dificuldades na ‘primeira porta’ do atendimento médico.

A prática é antiga e conhecida por “empurroterapia”, quando os pacientes que procuram o serviço médico em seu município são orientados a buscar atendimento no hospital de Itaboraí, que é referência para Região Metropolitana II por oferecer profissionais especializados como cirurgiões vascular, pediátrico, plástico e buco-maxilo facial.
Só nos três primeiros meses deste ano, dos 42.444 atendimentos realizados pela emergência da unidade de saúde, 1.996 eram de pacientes vindos de outros municípios, sendo que 1.058 só de São Gonçalo. Em 2011, foram registrados 191.726 atendimentos de emergência, sendo no primeiro trimestre 47.419 atendimentos. Desse total, 2.429 eram de moradores de municípios vizinhos, sendo 1.229 pacientes vindos de São Gonçalo.

Na avaliação do secretário municipal de Saúde, Cezar Alonso, se por um lado isso demonstra a qualidade da saúde pública no município, por outro, o atendimento fica prejudicado por causa da demanda externa. “O hospital municipal tem estrutura para atender os moradores de Itaboraí. Porém, a vinda de pacientes de outras cidades somada com o crescimento populacional por conta do Comperj prejudica o atendimento, já que não é possível negar assistência a pacientes”, explicou. “E temos que frisar que, na realidade, esses números são sempre maiores do que o mostrado na estatística. Muitos moradores de cidades vizinhas, principalmente de São Gonçalo, quando chegam à nossa unidade dizem residir aqui em Itaboraí”, afirmou.

Mesmo assim, segundo o secretário, ninguém deixa de ser atendido. “Aqui, prestamos serviços 24 horas. Uma das causas na demora em alguns procedimentos é a quantidade de pessoas que precisamos atender. Ninguém vai deixar de ser atendido, mas devido à sobrecarga de serviços, estabelecemos uma ordem de prioridades. Por isso, é necessário contar com a paciência dos pacientes”, disse Alonso.

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