Ação de milicianos preocupa Justiça Eleitoral em Itaboraí

Justiça Eleitoral está preocupada com ações de grupos armados, que dominam cerca de 80 comunidades. Milicianos e traficantes transformam região em barril de pólvora

A ação de milicianos e traficantes preocupa a Justiça Eleitoral de Itaboraí, que requisitou o apoio das polícias Civil, Militar, Federal e das Forças Armadas para impedir que os grupos criminosos influenciem os eleitores.
Três candidatos a prefeito no município estão na mira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) por propaganda irregular em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas.
De acordo com investigação da Polícia Federal, atualmente cerca de 80 comunidades de Itaboraí são controladas por grupos milicianos, que além de imporem seus candidatos, cobram taxas de TV a cabo (apelidada de “gatonet”), gás e transporte coletivo.
O juiz da 151ª Zona Eleitoral, Marcelo Alberto Chaves Villas, já possui um mapeamento dos pontos de tráfico, feito pelos setores de inteligência da polícia, sobre locais onde há a presença de milicianos e outras facções criminosas para delimitar o que ele chama de zonas de alta periculosidade, onde haverá, no dia da eleição, policiamento reforçado contra a presença de marginais. “Vamos examinar os locais onde possa haver influência negativa de certos grupos ligados ao tráfico e a milícias, e criar zonas de periculosidade para garantir mais tranquilidade aos eleitores”, disse o juiz Marcelo Villas. “Dessa forma pretendemos evitar a prática do curral eleitoral, como determinou o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter”, revelou.
Sobre a presença das Forças Armadas durante as eleições em Itaboraí, o juiz Marcelo Villas considera necessário pelo fato de que também sofre impedimentos. “Há lugares que não se consegue entrar sem o apoio das forças de segurança”, disse.

Via Sou Mais Niterói