quarta-feira, 17 de julho de 2013

Exposição com relíquias achadas no Comperj bate recorde de visitação


Em menos de três meses, a mostra “Santo Antônio de Sá: a primeira Vila do Recôncavo da Guanabara”, do Museu Nacional, em exposição na Casa Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, já recebeu quase 3 mil visitantes. O evento, realizado em partceria com a Prefeitura, retrata o início da ocupação no estado, com relíquias arqueológicas recém-descobertas na área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Para o presidente da Fundação Cultural de Itaboraí, Cláudio Rogério Dutra, o sucesso da exposição se deve, entre vários fatores, à expansão do horário e dias de funcionamento da Casa, e da conscientização da população em relação à importância de se conhecer e preservar a cultura local.

“Estamos conseguindo formar plateia, e temos visto que população está cedendo à cultura. A atual gestão da Prefeitura de Itaboraí está consciente, disposta e atenta à necessidade de dar atenção adequada ao setor e de atender às pessoas”, observa Cláudio Rogério. “Prova disso é que, desde o mês de abril, a Casa trabalha em horários especiais para suprir a necessidade de um público diferenciado. Às sextas-feiras, por exemplo, a Casa abre até às 22:30h, e no sábado, das 19h às 22:30h.

O presidente da Fundação afirma que o público corresponde ao esforço da Prefeitura.
“Aos sábados, por exemplo, o número de visitantes chega a uma média de 100 a 120 pessoas, em apenas três horas e meia de funcionamento. Além disso, ainda contamos com o agendamento prévio, para quantidades maiores de pessoas, incluindo turistas e escolas de outras cidades”, lembra.

Segundo a técnica da Sala de Memória Alexandra Barbosa, os agendados contam com uma visita acompanhada por alguns membros da equipe da Casa Heloísa Alberto Torres.
“Também oferecemos visita orientada aos prédios históricos da cidade, quando fornecemos informações sobre o patrimônio histórico da cidade”, diz Alexandra.

A visitação dura em média 45 minutos, e é agendada para grupos de até 35 pessoas, para “não tumultuar o local, e oferecer uma atenção de qualidade”, afirma a técnica.

Alunos do 3° período da Educação Infantil do Anexo Escola Municipal Therezinha de Jesus Pereira da Silva, no Rio Várzea, foram recepcionados pelo pesquisador Dawson Nascimento da Silva. A visita acompanhada na Casa Heloísa Aberto Torres e no Centro Histórico, teve direito a perguntas, músicas, piquenique e brincadeiras.
“Para cada público trabalhamos de uma forma específica, dentro da linguagem de cada faixa etária. No caso das crianças, aplicamos uma maneira lúdica, contextualizando coisas e objetos do cotidiano delas. Assim, tornamos a experiência a mais interessante possível”, relatou Dawson.

Pela primeira vez na Casa Heloísa Alberto Torres, o pequeno Miguel Rodrigues, 6 anos, mostrou-se entusiasmado com a exposição.

“Nunca tinha vindo aqui e achei muito legal e bonito. O quintal é grande e todo limpinho”, observou o menino.

A exposição “Santo Antônio de Sá: a primeira Vila do Recôncavo da Guanabara” é o resultado de um dos maiores trabalhos de arqueologia já realizada no país, onde foram identificados 49 sítios arqueológicos, e conta com diversos artefatos, alguns datados de aproximadamente 4 mil anos Antes de Cristo. São expostos fragmentos de cerâmicas portuguesas, espanholas e inglesas, cachimbos africanos, objetos pessoais e tembetá, um tipo de jóia usada pelos índios no século XVI, entre outros.

A escavação no sítio arqueológico, localizado no Vale do Macacu, região da antiga Vila de Santo Antônio de Sá e que hoje compõe o município de Itaboraí, foi realizada no período anterior a terraplanagem do Comperj.

Todas as etapas da pesquisa arqueológica ocorreram de forma multidisciplinar, envolvendo profissionais das áreas de Arqueologia, História, Geografia, Geologia, Biologia e outros, por meio, do Programa de Educação Patrimonial e Arqueologia do Vale Macacu, coordenado pela professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MaDu Gaspar. O trabalho de escavações nos mostra dois momentos distintos, o local foi moradia dos Tupis e também recebeu colonizadores europeus, que trouxeram os africanos.

A exposição, com entrada gratuita, esta aberta à visitação  até 17 de setembro, de segunda a sábado.  De segunda a quinta-feira, das 9h às 16:30h, sexta-feira, das 9h às 22:30h e sábado das 19:30h às 22:30h. A Casa Heloísa Alberto Torres, fica na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303, Centro de Itaboraí. Mais informações e agendamento pelo telefone: 3639-2022.

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