quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Itaboraí realiza primeira Cadeirata


A Prefeitura de Itaboraí realizou, nesta quarta-feira (25/09), a primeira Cadeirata da cidade, evento dedicado à população em geral - cadeirante ou não - disposta a aderir à causa “O direito de ir e vir é para todos”. Centenas de pessoas participaram do evento.

“Esta Cadeirata é um choque de reflexão. A sociedade precisa refletir cada vez mais sobre o assunto. Não podemos admitir que alguém só dê valor à acessibilidade e inclusão quando passar a ter algum tipo de deficiência”, disse Audir Santana, vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Social. “Temos de agir pelo bem de todos. Queremos uma democracia cada vez mais ampla”.

O evento percorreu a Avenida 22 de Maio desde o bairro Nova Cidade até a Praça Roberto Pereira dos Santos, no Centro. Um trio elétrico foi o responsável por abrir o caminho.

“Esta semana é uma vitória para todos nós, que lutávamos há vários anos pelo nosso reconhecimento. Hoje, podemos dizer para todos que nós existimos. Não somos mais invisíveis e merecemos respeito. E, graças ao apoio da Prefeitura, enfim, poderemos elaborar e criar a política municipal das pessoas com deficiência”, disse Rodrigo Ferreira, cadeirante e vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, criado pela atual gestão da Prefeitura.

Reunião do Conselho

Pela manhã, a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 25ª Subseção, abrigou a primeira reunião ordinária do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, após aprovação do regimento interno. Dentre os pontos discutidos, a criação de um formulário único de informação cadastral dos deficientes e projetos de acessibilidade. Na ocasião, foi criado um comitê para tratar do assunto com as empresas de transporte público que circulam em Itaboraí.

“Estamos conquistando o nosso espaço. Temos de buscar, agora, fazer com que as leis de acessibilidade sejam cumpridas. A sociedade não pode nos deixar à parte. Tem que nos enxergar como parte dela”, disse Anderson Almeida, presidente do Conselho, que também esteve presente na Cadeirata.

Quem também compareceu à Cadeirata foi Fernando Maldonado, jogador de futebol de amputados e tricampeão mundial pela seleção brasileira da modalidade.

“O percurso foi maravilhoso. Serviu para ajudar a tirar todos os deficientes de casa para que pudéssemos, juntos, dar o nosso grito e sermos ouvidos”, disse.


Minha opinião:

Realmente não há acessibilidade na nossa cidade.
Estive cadeirante por vários meses e, hoje, ainda tenho dificuldades de locomoção, uso muletas alternadas com a cadeira de rodas.
De fato é muito difícil circular na cidade.
Todo apoio é fundamental.
Mas principalmente a conscientização dos proprietários que constroem seus imóveis e calçadas de forma inadequada.

Hoje posso dizer que quase nenhuma loja em Itaboraí está preparada para receber um cliente cadeirante. Seja pela entrada inadequada (degraus, calçada alta demais, etc) ou seja pelo layout interno das lojas, com barreiras físicas que impedem uma cadeira de rodas de passar livremente.
Estamos dando um passo importante á acessibilidade com a criação do conselho.

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