segunda-feira, 14 de abril de 2014

Mais de 4 mil meninas foram vacinadas contra HPV em um mês


O primeiro mês da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), responsável por quase 95% dos casos de câncer de colo de útero no mundo, contou com 4.200 mil meninas entre 11 e 13 anos vacinadas em Itaboraí, que corresponde a aproximadamente 66% do público-alvo. O balanço parcial divulgado na quinta-feira (10), prazo de encerramento da mobilização, foi contabilizado pela Secretaria Municipal de Saúde. A meta é alcançar sete mil adolescentes nessa faixa etária, ao longo deste ano.

Após o período de campanha, a vacina contra o HPV continuará sendo liberada para as meninas em todos os postos de saúde que realizam vacinação e também na Policlínica de Especialidades Médicas Vereador José de Oliveira (Filoco), em Manilha, e no Hospital Estadual Tavares de Macedo, em Venda das Pedras, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. As meninas que não receberam a dose deverão procurar a unidade mais próxima de sua casa para tomar a vacina, apresentando além da carteira de vacinação, documento original de identificação com foto.
O coordenador técnico da Divisão de Imunobiológicos da Secretaria Municipal de Saúde, Valter Montes, aponta que a procura tem sido boa, com situações das mais variadas enfrentadas pelos profissionais de saúde.

"Tem gente procurando que não está dentro dessa faixa e quer tomar a vacina de qualquer jeito, e gente que, por motivo religioso ou outras razões, não quer tomar", enumera o coordenador. "O que percebemos é que muitas já tinham tomado a vacina no posto, o que de certa forma mostra uma consciência dos pais. A recepção tem sido boa", avalia.

As estudantes Raquel Oliveira, de 11 anos, e Ingrid Rodrigues, de 12 anos, ouviram sobre a importância da vacina na televisão.
"Eu tive medo de doer na hora, mas não doeu", lembra Ingrid. "Sei que a vacina é importante para não pegar a doença. Uma amiga nossa não queria tomar, estava com medo, mas a gente falou com ela e aí ela foi", explica Raquel.

A vacina

Depois da primeira dose, é preciso tomar uma segunda após seis meses e uma terceira após cinco anos para completar a proteção. A vacina é restrita ao sexo feminino, visando diminuir os casos e mortes devido ao câncer de colo de útero.

A vacina distribuída nos postos da rede pública é quadrivalente, combatendo os subtipos HPV 6, 11, 16 e 18, sendo os dois últimos responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas. Sua transmissão ocorre através do contato direto com a área infectada, e a principal forma de contágio é através de relação sexual. A transmissão vertical (de mãe para filho) e o início precoce da vida sexual também são formas de contágio.

No Brasil, o câncer de colo de útero é a quarta causa de morte por câncer entre as mulheres. Com a inclusão da vacina no SUS, o Ministério da Saúde espera contribuir na redução dos casos. Em 2015, de acordo com o calendário desenvolvido pelo Ministério da Saúde, a vacina passa a ser oferecida para meninas entre 9 e 11 anos.

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