quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Itaboraí e Cruz Vermelha vão assinar acordo de cooperação para combater tuberculose


A secretaria municipal de Saúde e a Cruz Vermelha Brasileira, filial Itaboraí, vão assinar, nos próximos dias, um acordo de cooperação técnica para realizar ações educativas no combate à tuberculose e busca de pacientes com sintomas da doença respiratória. A parceria foi lançada na tarde de quarta-feira (06), dia Estadual de Conscientização e Mobilização de Combate à Tuberculose, durante um seminário realizado no Salão Nobre da Prefeitura Municipal.

Participaram da cerimônia representantes do governo local, da secretaria estadual de Saúde, do Grupo Pela Vidda Niterói (organização não-governamental formada por pessoas vivendo com HIV e AIDS), Conselho Municipal de Saúde, Fórum ONGs Tuberculose (que atuam no
combate à tuberculose e o vírus HIV/AIDS), Associação de Mulheres e Amigos do Morro do Urubu (AMAMU) - localizado no bairro de Pilares, zona norte do Rio de Janeiro - e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de trabalhadores das empresas prestadoras de serviços para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e dos núcleos de Educação Permanente Educação em Saúde.

De acordo com a coordenadora do programa de Combate à Tuberculose, Maria José Fernandes Pereira, que esteve acompanhada pelas coordenadoras das Unidades Básicas de Saúde, Lúcia Helena Rodrigues, e dos programas de Atenção Básica, Josemar Alves, a parceria terá a duração de um ano e os voluntários serão capacitados para orientar e identificar casos suspeitos dentro das comunidades para encaminhar às Unidades de Saúde da Família.

“Nossa estratégia com este evento era envolver a sociedade civil organizada na luta contra tuberculose. Além de ser uma entidade de reconhecimento internacional, a Cruz Vermelha trabalha com ação humanitária, que é essencial para o desenvolvimento de nosso programa
junto aos pacientes. Já estamos mapeando o município para verificar locais com maior incidência da doença e vamos somar esforços para que possamos diminuir os focos de tuberculose em Itaboraí”, afirma, salientando que também convidou o Lions Clube e o Rotary Club para participar do projeto.

A representante da coordenação estadual do Programa de Combate à Tuberculose, fisioterapeuta Cláudia Márcia Noronha, vê com entusiasmo o acordo de cooperação.

“Temos que deixar a população cada vez mais esclarecida e lutar contra o estigma associado à tuberculose. A experiência de Itaboraí poderá servir de modelo para as outras cidades que ainda lutam contra altos índices de mortes,”, afirmou.

Indicadores

De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, em 2013 foram registrados 134 casos de tuberculose em Itaboraí. A taxa de incidência média foi de 58,8 casos por 100 mil habitantes entre os anos de 2002 e 2013. Nos últimos 11 anos, o município apresentou taxas médias de cura de 78,6% e de abandono em 5%. O Ministério da Saúde determina como indicadores desejáveis, taxa de cura acima de 85% e de abandono abaixo de 5%.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada ano, 8,8 milhões de pessoas desenvolvem a tuberculose e 1,6 milhão de doentes morrem. E de acordo com a Organização Panamericana de Saúde, o Brasil melhorou no que diz respeito ao combate à tuberculose, mas ainda é o único país das Américas que está na lista das 22 nações com mais casos da doença
no mundo. Dados da entidade indicam ainda que o Rio de Janeiro é o estado brasileiro com mais mortes por tuberculose.

A doença

A tuberculose é uma doença tratável e curável, causada pelo Bacilo de Koch e transmitida pelo ar, através da tosse, fala ou espirro, de pessoa para pessoa. O contágio não ocorre por meio de pratos, talheres, roupas de cama, toalhas ou vaso sanitário que a pessoa doente venha utilizar. É considerado sintomático respiratório todo aquele que apresenta tosse por três semanas ou mais.

Quem apresentar tosse contínua por mais de três semanas pode fazer o exame de baciloscopia, realizado com o escarro do suspeito de ser vítima da doença, no posto de saúde mais próxima de casa. Se seguido corretamente, o tratamento dura seis meses em média para
evitar que os bacilos criem resistência aos medicamentos.

Em Itaboraí, os remédios são distribuídos toda semana, e o paciente deve fazer consulta de revisão uma vez por mês. Caso não compareça no período de duas semanas, equipes de saúde vão até a casa do paciente verificar o porquê da interrupção do tratamento. Os exames também são estendidos aos familiares que moram com a pessoa infectada. Já durante o tratamento, dependendo do estado de saúde, a pessoa já pode voltar a trabalhar e ter uma vida normal.

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