domingo, 21 de setembro de 2014

Conleste cobrara explicações á Petrobras

Helil Cardozo vai reunir prefeitos do Conleste para cobrar da Petrobras explicações sobre adiamento das obras do Comperj

Prefeito de Itaboraí diz que a decisão de postergar a obra traz sérios prejuízos às cidades do entorno do empreendimento



O prefeito de Itaboraí e presidente do Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense (Conleste), Helil Cardozo, viu com indignação a possibilidade de um novo atraso no cronograma das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em construção na cidade, conforme noticiado no fim de semana. Nos próximos dias, ele vai reunir os 15 prefeitos do Conleste – consórcio que reúne as cidades afetadas pelo empreendimento - para elaborar um documento cobrando da Petrobras o compromisso de não haver mais adiamentos.

Helil Cardozo lembra que Itaboraí vem pagando um alto preço causado pelo aumento nas demandas de serviços públicos prestados pela Prefeitura, a partir do crescimento populacional desde o anúncio das obras do Comperj, em 2010. Além disso, a mudança no cotidiano da cidade, que passou a receber um enorme fluxo diário de veículos, principalmente os de grande porte, que passam por ruas, pontes e viadutos, também gera um impacto negativo no dia-a-dia da população.

“Hoje recebemos cerca de mil ônibus e caminhões a mais transportando trabalhadores e material para as obras do Comperj. Nossas ruas, que não haviam sido projetadas para este fluxo, não estão mais suportando. Fora o trânsito caótico”, reclama Helil, que quer uma contrapartida da empresa para investimentos na cidade e na região.

Segundo o prefeito,  faltam investimentos, por parte da Petrobras, capazes de amenizar de forma efetiva os enormes impactos causados pela construção do Comperj.

“É visível, por exemplo, a diminuição no número de vagas de emprego no Comperj, fato já admitido pela própria empresa. Com isso, muitos trabalhadores que, inicialmente, vieram para Itaboraí e região para trabalhar no empreendimento, hoje perderam  seus empregos, mas continuam nas cidades, cabendo aos municípios buscarem meios de absorver essa demanda”, explica.

Recentemente, lembra Helil, a Prefeitura de Maricá determinou a suspensão das obras de construção do emissário de efluentes, alegando que o projeto fora modificado pela Petrobras sem prévia comunicação, além de haver atraso no pagamento da devida verba compensatória.

"Não podemos assistir a mais um anúncio de adiamento das obras. Toda a região do Conleste já paga um preço alto com as mudanças anunciadas. Ao todo, foram cinco ou seis adiamentos, sem contar o encolhimento assombroso do projeto inicial. É preciso que a Petrobras assuma de vez a responsabilidade e se comprometa verdadeiramente com as compensações devidas a toda a região", disse Helil Cardozo.

Impactos

Itaboraí tem hoje cerca de 218 mil habitantes. Desde o anúncio das obras de construção do Comperj, estima-se que a população flutuante na cidade tenha aumentado em 50 mil pessoas. No mesmo período, o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior - o único com emergência em toda a cidade - aumentou em mais de mil atendimentos/mês sua demanda.

Num esforço em conjunto com o Governo do Estado, a Prefeitura de Itaboraí tem buscado soluções para atender às crescentes demandas na cidade. Já está em execução uma obra de revitalização completa da Avenida 22 de Maio, principal via da cidade, com 9 km de extensão, que corta nove bairros do município. Da mesma forma, há mais de 100 ruas em obras.

Para 2015, está previsto o início da reforma e ampliação do Hospital Municipal, os recursos – de emendas parlamentares ao orçamento da União - já foram reservados. Também está prevista a inauguração de 11 postos de saúde e uma escola em tempo integral, que está sendo erguida no bairro Itambi, além de 11 novas creches.

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